sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Capa do livro "INSÂNIA - O Romance da Nossa Geração"



    O meu novo romance "Insânia" já se encontra à disposição para pré-venda no site do Amazon por um preço promocional , basta clicar no link abaixo:

http://www.amazon.com.br/Ins%C3%A2nia-Romance-Gera%C3%A7%C3%A3o-Jos%C3%A9-Martino-ebook/dp/B00P86LXZW/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1415366341&sr=8-2&keywords=ins%C3%A2nia

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

terça-feira, 28 de outubro de 2014

A Alma da Romiseta

José Antonio Martino


         Como eles eram sempre pontuais, já não marcávamos o final do nosso joguinho de biriba pelo relógio, mas pelo horário em que começavam a gritaria e o quebra-quebra. Toda noite era a mesma coisa. Nós, velhinhas do terceiro andar, começávamos a jogar por volta das sete horas, após termos jantado a nutritiva canja de aipim que a Gertrudes preparava com tanto esmero. Depois, sentávamos à mesa para jogar e falar mal do próximo até a hora em que o marido retornava ao lar e as brigas recomeçavam. O jovem casal morava no apartamento de cima ao nosso e penso que o distinto mancebo não deixava de ter certa razão em ralhar com a esposa, porque todas nós sabíamos que ela costumava receber muita visita masculina quando seu venerável marido se encontrava ausente, mas isso não é da nossa conta.
            O fato é que o moço chegava de suas farras toda noite meio bêbado e, após abrir a porta do apartamento violentamente, gritava para todo prédio escutar:
- Matilda, tô sentindo cheiro de homem!
Era quando recolhíamos nosso baralho e começávamos a nos despedir.
Então vinham todos aqueles nomes pouco elegantes para se dizer a uma dama e as portas batiam e as coisas quebravam muito naturalmente até que um silêncio lascivo parecia dominar tudo e as estrelas piscavam vermelhas no céu excitado.
            A tal Matilda mantinha numa estante da sala um velho ferro de passar roupa, que funcionava com brasas, creio que de aço ou mesmo de chumbo, pois o cujo era pesado como um diabo gordo. Aparentemente, o ferro servia de vaso, pois ela lhe metia dentro umas plantinhas murchas, mas o bibelô era menos enfeite do que arma. Quando o marido avançava furibundo contra ela, a boa senhorinha apanhava o ferro e o atirava sobre seus cornos, mas fazia isto com tamanha destreza e arte, que procurava sempre errar o alvo, pois o seu intuito era apenas amedrontá-lo. Tinha boa pontaria e a mão tão adestrada, que muitas vezes o ferro passava zunindo nas orelhas do rapaz e em mais de uma oportunidade ele sentiu um ventinho gelado lhe roçando a barba mal feita.
            Um dia, porém, ela errou, ou melhor, acertou em cheio a testa do galhardo varão. O marido só não foi a nocaute, porque era muito cabeça-dura, mas ficou possesso e, cambaleando troncho de cólera, pegou a primeira coisa que achou ao alcance de sua raiva, atirando-a contra a referida consorte que, por estar com sorte, não foi atingida. Eis o que é se encontrar no lugar errado e na hora errada. O que ele apanhara assim às pressas acabou sendo nada mais nada menos do que a infortunada Romiseta, uma velha tartaruga de estimação, que a tudo assistia mui pacatamente, esperando apenas ganhar sua banana diária para se recolher. Porém, a tragédia não parou aí. Quis o destino que a malfadada tartaruga tivesse sua noite de albatroz. Ao se agachar, Matilda ainda pôde ver a pobre Romiseta sair voando pela janela, mas certamente ela não viu a infeliz criatura se espatifando no chão, como nós todas vimos, uma vez que estávamos bisbilhotando na varanda. O miserando quelônio ainda tentou aprender a voar naqueles breves instantes, agitando as perninhas desesperadamente feito asas improvisadas, mas pouco resultado obteve, de maneira que aterrissou com a sutileza de um tijolo.
            A boa notícia é que a bichinha não morreu. Levada às pressas a um veterinário, após exames acurados com direito a raio X e tudo, o diagnóstico indicou que a velha Romiseta havia fraturado internamente a carapaça e, se esta não fosse removida com urgência, a tartaruga morreria em poucos dias, pois uma lasca de seu casco encontrava-se cravada em suas costas feito um punhal. Comido de remorso, o marido não mediu esforços para lhe salvar a vida e mandou vir do estrangeiro um americano, que são os maiores especialistas nestas coisas de tirar o couro dos outros.
            Algumas meses depois, encontrei Matilda na rua, levando Romiseta para um refrescante passeio. Ao vê-la, confesso que melhor seria que a tartaruga tivesse morrido. Estava esquisitíssima! Nosso cão foi lhe cheirar meio de soslaio, temeroso, perguntando-me que diabos seria aquilo, se de comer ou de brincar. Na verdade, a velha Romiseta estava mais para um sapo de pescoço comprido, com pele de lagartixa toda esticada e dorso de chiuaua tosquiado com máquina zero. A bem dizer, lembrava também outra coisa, mas a minha provecta idade e a boa educação já não me permitem comparações desse tipo. O certo é que os olhinhos melancólicos da Romiseta pareciam dizer a todo instante:
            - Matem-me... matem-me...
Em suma, faltava-lhe a alma, que fora arrancada com sua carapaça. Tirem tudo destes pobres animaizinhos, mas não lhe tirem o casco já dizia um antigo sábio toscano, proprietário de famoso restaurante especializado em sopa de tartaruga. 
Foi então que aconteceu. Durante longos dias, ela permanecera admirando o velho ferro enferrujado, como se caraminholasse coisas que somente os cérebros dos quelônios podem compreender. Tanto fez, que levou Matilda a exclamar:
- Esta tartaruga está apaixonada pelo antigo ferro de passar roupa, que fora de minha bisavó!
Não estava. Na primeira oportunidade que teve, Romiseta meteu-se dentro do ferro para nunca mais dele sair. Enfim, sentia-se novamente uma tartaruga, espichando o pescoço feliz pelo buraco que servia para dar saída à fumarada das brasas. Talvez corresse em suas veias a mesma febre inexplicável que picava os cavaleiros medievais em suas armaduras ou quem sabe Romiseta se sentisse como o próprio Davi no corpo de Golias.

            Se pensam que vou terminar este conto dizendo que Romiseta virou uma canja pedaçuda, enganam-se. Ela morreu mesmo foi esturricada, tentando fazer amor com um ferro elétrico, que Matilda comprara numa liquidação.

domingo, 15 de dezembro de 2013

Insânia

Ufa! Finalmente, hoje (domingo,15 de dezembro de 2013), acabei de escrever o romance "Insânia", que tem o subtítulo: "o romance da nossa geração". Agora, preciso começar a corrigi-lo. Deu um trabalho danado! Vamos ver o que consigo com este novo livro...

domingo, 3 de novembro de 2013

Sinopse do romance "666 - Caçadores de Demônios" do escritor Tim Marvim


Quando algumas mulheres se dirigiram à sepultura de Cristo, no domingo seguinte após a sua crucificação, encontraram o túmulo aberto e vazio. Segundo a igreja, tal fato se deu porque Cristo ressuscitou. De acordo com este romance, há outro motivo. O sepulcro foi violado pelo demônio, que desejava levar o corpo do Filho de Deus para os infernos. Um homem presenciou o roubo e avisou alguns membros dos essênios, os quais se dirigiram ao local onde o demônio se escondia e o prenderam. Depois, encarceraram-no em uma caverna na Síria, de maneira que Satanás ali permaneceu por mais de mil anos. Quando os cruzados conquistaram Jerusalém, em 1099, descobriram em uma das casas velhos manuscritos essênios, relatando a prisão do demônio. Em 1119, o novo papa, Calisto II, resolveu averiguar o que havia de verdade naquele antigo pergaminho. Convocou as maiores inteligências da cristandade, entre eles Estevão Harding e São Bernardo de Claraval, os quais atestaram a veracidade do documento. Decidiram, pois, criar uma ordem de monges com o objetivo de encontrar um mapa essênio, escondido sob o Templo de Salomão, uma vez que este supostamente revelava o local onde Satanás estaria aprisionado. Tais monges ficaram conhecidos como templários.
Após terem descoberto o demônio numa caverna da Síria, os templários trouxeram-no em sigilo para um lugar da Europa, onde permaneceu em cativeiro até os nossos dias.
Michael é um jovem frade do convento de Santa Maria delle Grazie em Milão e, casualmente, descobriu nos porões do convento uma antiga biblioteca secreta dos templários. Através de três livros ali encontrados - Segredos Ocultos da Igreja, o Evangelho de José de Arimateia e o diário de Jacques de Molay - ele ficou sabendo disso tudo e começou a se convencer de que o demônio estaria para ser libertado e, consequentemente, iria se vingar da humanidade, provocando o final dos tempos.
Logo no dia seguinte após sua descoberta, um velho frade, grande amigo de Michael, é assassinado no convento de Santa Maria delle Grazie e o rapaz acabou sendo acusado pelo crime. Com receio de ser preso, resolve fugir. Esta é a linha mestra que dá todo o dinamismo do romance: por um lado, Michael fugindo de seus perseguidores e, por outro, procurando descobrir onde Satanás está aprisionado, para tentar impedir que ele fuja e ocorra o Apocalipse previsto por São João.
Ele vai ao Vaticano com o objetivo de revelar às autoridades eclesiásticas as suas descobertas, mas não acreditam nele e, a partir desse momento, começa também a ser perseguido por fanáticos religiosos ligados à cúpula da igreja.
    Quando os templários trouxeram o diabo ao Ocidente, resolveram espalhar diversas pistas que, unidas revelariam o local onde Satanás estaria encarcerado. Ao longo do romance, Michael as encontra em cada uma das sete torres do demônio e, após desvendar o enigma, ele dirige-se a este local extremamente secreto. 

    Gostou da trama? Então aproveite para adquirir o livro no formato E-book pelo preço promocional de R$ 1,99 no link abaixo:

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

1º lugar em vendas na categoria Crítica Literária no Amazon!

    
    Pessoal, hoje, dia 4 de outubro de 2013, o livro "Manual do Poeta Aprendiz - Aprenda a Fazer Versos Suportáveis", que escrevi com o pseudônimo de Michael Serafino, alcançou o 1º lugar na  listas dos livros mais vendidos na categoria Crítica Literária do site Amazon. 



O livro pode ser adquirido pelo preço promocional de R$ 1,99 através do seguinte link:

domingo, 29 de setembro de 2013

Contos Maus

Segue, abaixo, a capa do novo livro de contos
do escritor José Antonio Martino.


A partir de amanhã, estará à venda no Amazon
pelo preço promocional de lançamento de R$ 1,99. 
Não percam!!!

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

sexta-feira, 5 de julho de 2013

666 no Amazon!



Demorou, mas, finalmente, o romance "666 - Caçadores de Demônios" já se encontra à venda no formato E-book (Kindle) no site do Amazon Brasil. Aproveitem para adquirir o livro por um preço promocional de lançamento (em torno de R$ 6,50, dependendo da flutuação do dólar) ou mesmo baixe o livro GRATUITAMENTE, se você for Membro Prime.

Basta clicar no link:

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Curta-Metragem A Passagem

Pessoal, segue o convite para a estreia mundial do curta-metragem "A Passagem". Será no Clube Recreativo Atibaiano (Praça da Matriz), dia 26 de maio de 2013 (domingo), às 14:00h.
Levem a família!
Entrada franca!!!


Clique na Imagem para aumentar

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Machado Vampiro...



    Conta Martins Fontes que, certa feita, encontrando-se junto de alguns outros escritores na redação do Jornal do Comércio, Olavo Bilac pediu a palavra e se pôs a recitar O Corvo de Edgar Allan Poe. A sua declamação foi tão intensa e comovente, que Machado de Assis, conhecido entre seus amigos pela personalidade sóbria e comedida, comoveu-se a tal ponto com os versos, que disse ao jovem: 
    “- Não se pode sentir maior prazer. Vou dar-lhe um abraço”. 
    Martins Fontes então redarguiu:
    “- Um abraço é pouco, mestre! Dê-lhe um beijo ardente, abençoador!”.
   Parece que Machado seguiu o conselho do rapaz, pois Bilac, dez minutos depois, veio reclamar com Martins Fontes, dizendo que Machado de Assis tentara lhe dar uma dentada no pescoço!

Para ler mais curiosidades sobre Machado de Assis, leia o livro "Memorial do Bruxo - Conhecendo Machado de Assis", à venda no site Amazon Brasil por um preço promocional. Basta clicar no link abaixo:

terça-feira, 7 de maio de 2013

Fotos do Curta "A Passagem"

    Prezados amigos, seguem algumas fotografias do curta-metragem "A Passagem", ambientado nos anos 70. Rodamos o filme aqui na região de Atibaia. Fiz a edição e o roteiro. Parabéns aos atores, Magri, Nona, Paulo e João! Estamos concorrendo com ele no Mapa Cultural Paulista (2013/2014).









domingo, 31 de março de 2013

quarta-feira, 27 de março de 2013

Romance A NOITE NEGRA - FREE




Agora você pode baixar grátis o romance histórico 
"A Noite Negra", vencedor do Prêmio 
Manaus de Literatura 2007. 

AMAZON BRASIL (R$ 6,24): 
 http://www.amazon.com.br/A-Noite-Negra-ebook/dp/B008A1EVZG/ref=sr_1_1?s=digital-text&ie=UTF8&qid=1363977206&sr=1-1

AMAZON .COM (GRÁTIS / FREE MP ou U$ 3,15):
http://www.amazon.com/Noite-Negra-Portuguese-Edition-ebook/dp/B008A1EVZG/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1363977417&sr=8-1&keywords=a+noite+negra

    Caso queira uma edição impressa, entre em contato pelo email: zenarede@ig.com.br 

R$ 20,00 
(+ frete de R$ 7,00 por impresso módico para todo Brasil)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

As Pereiras da China (Conto)



José Antonio Martino   

            Nos tempos do imperador Ling, as pereiras ainda não davam frutos. Todos os anos, quando a primavera vinha espargir pelos campos a misteriosa magia da vida, tudo florescia, menos as pereiras, que não frutificavam nunca. Por isso eram conhecidas como as árvores mais tristes de toda a China.
            O imperador Ling tinha ficado velho e sabia que, em breve, não mais habitaria este mundo. Como não possuía filhos homens, andava muito preocupado em fazer um bom casamento para sua única filha, a princesa Liampi. Pretendentes não faltavam, porque Liampi era a princesa mais bonita de todo o Oriente. Dos mais longínquos reinos, chegavam numerosos presentes e propostas de casamento, que eram sempre recusados pela jovem herdeira ao trono da China. Liampi era amiga da lua e todas as noites esta vinha despejar pétalas de prata sobre o quarto da princesa para lhe embalar o sono.
            Um dia, apresentaram-se no palácio dois jovens dispostos a conquistar o coração de Liampi. Um deles era lavrador e trazia nas mãos uma velha foice enferrujada, antiqüíssima, que ele dizia ter sido presente dos deuses a seus ancestrais, quando Teru, o Senhor das Sementes, ensinou aos homens como cultivar a terra. O outro portava uma espécie de cítara, com a qual acompanhava seus versos. Era poeta e de sua boca saíam as mais lindas palavras que o vento já tinha espalhado pelas tardes de primavera.
            O imperador Ling, vendo que ambos se mostravam honestos e merecedores da mão de sua filha, decidiu que o escolhido seria aquele que realizasse um velho sonho da princesa:
            - Quero que tragam para mim a lua! Disse a jovem.
         Nem bem Liampi terminou o seu pedido e o lavrador se despediu. Partia imediatamente para as altas montanhas do Himalaia, de onde acreditava ser possível alcançar a lua e trazê-la para a princesa. O poeta, por sua vez, reconheceu que tal empreitada estava além de suas possibilidades. Sentou-se no chão e, dedilhando sua cítara, começou a recitar versos tristes, onde dizia da lua malvada e do seu amor não correspondido. Liampi apiedou-se do poeta e, como tinha um grande coração, resolveu tomá-lo como esposo por acreditar que assim acabaria com dor tão profunda.
            Quarenta dias se passaram, quando o lavrador voltou das montanhas do Himalaia. Vinha triste e resignado pelo fracasso que lá sofrera. Quando soube, porém, que a princesa nem ao menos havia esperado que ele retornasse e já estava casada, encheu-se de cólera. Jurou que, se Liampi não fosse feliz ao seu lado, também não seria ao lado de mais ninguém. Após armar-se com sua foice, ele se dirigiu ao palácio do imperador Ling, onde encontrou a princesa nos braços do poeta. Os olhos do lavrador coruscaram em chamas. Nem houve tempo para explicações. Com um único golpe, violento e mortal, ele decepou a cabeça da princesa, que rolou pelas escadas abaixo, e em seguida se matou.
            Pobre imperador Ling! Já velhinho, teve de suportar este último golpe que a vida lhe preparara. Todas as tardes, dirigia-se às margens do rio Amarelo, onde chorava copiosamente aos pés de uma pereira. À sombra daquela árvore triste, Liampi descansava seu sono de princesa. Numa noite sem luar, o velho imperador acudiu ao chamado dos céus e foi viver junto de sua filha nas margens daquele outro rio, derradeiro e eterno, onde os olhos toscos dos homens nada valem.
            Na primavera do ano seguinte, as pereiras de toda a China floresceram e produziram um fruto muito doce e perfumado que, segundo diziam os antigos, representava as belas curvas do corpo de Liampi. E desde então, durante alguns dias por mês, ano após ano, século após século, a lua toma a forma de uma foice, para lembrar aos homens o cruel destino da princesinha chinesa.

domingo, 20 de janeiro de 2013

Memorial do Bruxo




    Pessoal, já se encontra à venda o livro "Memorial do Bruxo - Conhecendo Machado de Assis". Trata-se de uma excelente biografia a respeito de Machado, escrita numa linguagem muito agradável, de uma maneira bastante simples e didática. Indicada para estudantes e estudiosos em geral, que desejam conhecer um pouco mais sobre a vida e a obra do maior escritor brasileiro do século XIX. O livro apresenta 332 páginas com ilustrações e revela diversas curiosidades e anedotas a respeito do "Bruxo do Cosme Velho". O autor defende tese inédita a respeito do motivo pelo qual Machado de Assis teria mudado radicalmente a sua maneira de escrever e ver o mundo, por volta de 1878, abandonando os moldes românticos da época, para adotar uma posição mais crítica, pessimista e amarga diante dos homens e da vida.

   O livro está sendo vendido no formato e-book  pelo site Amazon por apenas U$ 3,99 no link abaixo:

http://www.amazon.com/Memorial-Bruxo-Conhecendo-Portuguese-ebook/dp/B00AXJZNEQ/ref=sr_1_1?ie=UTF8&qid=1358677137&sr=8-1&keywords=memorial+do+bruxo


Agradeço toda divulgação!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga


     Pessoal, estou postando aqui um pequeno vídeo sobre o livro de contos humorísticos "As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga". Pedidos podem ser feitos pelo e-mail: zenarede@ig.com.br por R$ 15,00 (+ frete). Livro novo e autografado pelo autor. Um excelente presente! 
    Também pode ser adquirido em formato e-book no site do Amazon: 


domingo, 22 de julho de 2012

Visita do Barão do Rio Branco


Um dia antes de falecer, Machado de Assis recebeu a visita do Barão do Rio Branco. O estado de saúde do escritor era crítico, mesmo assim, ao ouvir ser anunciada a presença de pessoa tão ilustre, ele se esforçou tremendamente para se sentar na cama a fim de melhor receber o companheiro de academia. Segundo Francisca de Basto Cordeiro, que também se encontrava presente, a cena gravou-se para sempre em sua memória. Com a face iluminada por um resto de vida, Joaquim Maria estendeu seus braços para receber um abraço fraternal, mas o barão esquivou-se, limitando-se apenas a lhe apertar levemente a mão. Em seguida, muito constrangido, Rio Branco disse algumas palavras breves:

“- Então o que é isto, Machado? Está melhor, não é? Amanhã voltarei a vê-lo...”

Nem esperou pela resposta e retirou-se o mais rápido que pôde, fingindo não ver a cadeira que trouxeram para ele se sentar ao lado do moribundo. Machado de Assis caíra na cama, mortalmente ferido, humilhado, tendo sua sensibilidade sido ofendida de maneira irreparável. O escritor virou-se para a parede e mais nada falou, pois sua alma morrera naquele instante. Para completar a humilhação, todos que se encontravam no quarto ainda puderam ouvir o barão lavando as mãos num tanque que havia ali ao lado, como se temesse pegar alguma doença contagiosa. Do corredor, alguém gritou solícito, procurando ser gentil:

“- Uma toalha limpa para o Barão!”

            E o escritor morreria na madrugada seguinte, desiludido com a vida e com os homens.  

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paródia à mineira


No meio das pedras

                                        José Antonio Martino 


No meio das pedras tinha um caminho
tinha um caminho no meio das pedras
tinha um caminho
no meio das pedras tinha um caminho

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio das pedras
tinha um caminho
tinha um caminho no meio das pedras
no meio das pedras tinha um caminho.

domingo, 1 de julho de 2012

concurso literário FEMUP 2012


   Pessoal, estou ajudando a divulgar o concurso FEMUP de contos, poesia e música. Há alguns anos, eu já fui premiado neste concurso e vale a pena! 

   "As inscrições para a 47ª edição do FEMUP - Festival de Música e Poesia de Paranavaí e 44º Concurso Literário de Contos estão abertas até o dia 24 de agosto de 2012.
 
São mais de R$ 40 mil em prêmios!!!
 
INSCRIÇÕES SOMENTE POR E-MAIL.
 
Baixe o regulamento e a ficha de inscrição no site www.novacultura.com.br
 
Participem!!!

domingo, 17 de junho de 2012

Livro traduzido para o inglês

    Caros amigos, a novidade da semana é que o livro "666 - Caçadores de Demônios" será traduzido para a língua inglesa. Estou muito curioso para ver como vai ficar. Em breve, postarei alguns trechos aqui, apenas como aperitivo...

domingo, 10 de junho de 2012

A Noite Negra no Amazon

     Pessoal, agora o livro A Noite Negra (vencedor do Prêmio Manaus de Literatura 2007), que narra as invasões que a cidade do Rio de Janeiro sofreu por parte de piratas franceses nos anos de 1710 e 1771, também se encontra disponível em ebook. O romance está sendo vendido no site do Amazon.com por U$ 2,99 no seguinte link:

http://www.amazon.com/Noite-Negra-Portuguese-Edition-ebook/dp/B008A1EVZG/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1339335180&sr=8-2


Maiores informações no blog:



Inculta e bela: neologismos e contribuições linguísticas


      José Antonio Martino

      Após a Segunda Guerra Mundial, com a intensificação do estudo da língua inglesa em virtude da enorme propaganda americana através do cinema, livros, revistas, bolsas de estudo, etc e, sobretudo nos últimos anos com o advento da informática em nossas vidas e a consequente globalização, uma enxurrada de vocábulos ingleses veio inundar o léxico português. Estes estrangeirismos – essencialmente de caráter lexical – entram no idioma por assimilação cultural e, aos olhos dos puristas mais radicais e patrióticos, tais trocas linguísticas correspondem a um aviltamento e degradação não só do vernáculo, mas do próprio país subserviente. Esse tipo de patriotismo linguístico é antigo e já os filólogos gregos haviam banido os vocábulos turcos do léxico. Em Portugal, até hoje se encontra repulsa ao galicismo, em função dos excessos cometidos pelos soldados de Junot, quando Napoleão ordenou a invasão daquele país.
      Ninguém de bom senso há de censurar as palavras da língua inglesa quando elas são realmente necessárias, pois os estrangeirismos correspondem a uma valiosíssima contribuição, especialmente se a língua não possui termo para substituir adequadamente aquilo que se quer expressar. Inúmeras são as contribuições que só vêm enriquecer o vernáculo, por exemplo, as formas já aportuguesadas como bife, vagão, ringue, beque, sanduíche, clube, etc, e mesmo aquelas formas ainda não aportuguesadas, mas que o uso comum já aceitou como software, hardware, marketing, shopping center, show, jet ski e skate. O que se condena é o abuso dos anglicismos apenas por mero modismo ou débil tentativa de mostrar uma falsa erudição. Se a palavra já existe em língua portuguesa, não há motivo para preteri-la por outra alienígena. Tal fenômeno linguístico denomina-se barbarismo (para os latinos, bárbaro era todo estrangeiro) e trata-se de um vício de linguagem apenas quando o vocábulo não é imprescindível para o idioma. Por exemplo, por que empregar o termo deletar, se possuímos em português tantas outras palavras equivalentes que o substitui com vantagem, como apagar, desfazer, extinguir, eliminar, anular, cancelar, delir ou suprimir? Chegam mesmo a serem irritantes certos barbarismos como printar, estartar, playzar (argh!!!), weekend, bike, fast-food, sale, expert, delivery, sem enumerar outros que agora a televisão faz a gentileza de divulgar como se fosse a quinta-essência da comunicação entre os povos do terceiro milênio. Até vinte anos atrás, os nossos cineastas faziam refilmagem ou remontagem de uma novela ou uma produção cinematográfica. Infelizmente, hoje temos de assistir ao remake de um filme. Da mesma forma, os nossos desportistas chegavam às finais do campeonato, ao passo que hoje, jogam playoffs.  Lamentavelmente, o idioma em que Camões cantou e Camilo escreveu vai se tornando aos poucos um caçanje miserável. Valorize a língua portuguesa! Ela é tão rica e funcional quanto qualquer outra. E como sabiamente já disse Horácio em sua Arte Poética “muitas palavras que já caíram renascerão, e as que agora estão em voga e estimação também hão de cair se assim quiser o uso, o qual é o juiz, o árbitro e a regra da linguagem”.

(o autor permite a reprodução deste texto, desde que seu nome seja citado)
            

domingo, 27 de maio de 2012


     Quando José do Patrocínio, o famoso abolicionista, retornou de uma viagem a Paris, trouxe na bagagem não apenas livros e champanhes de qualidade, mas uma ideia com a qual ele imaginava que iria enriquecer da noite para o dia. Aos amigos mais próximos, confidenciou o segredo que o tornaria rico:

“Trago de Paris um carro a vapor... O veículo do futuro, meus amigos. Um prodígio! Léguas por hora. Não há aclives para ele: com um hábil maquinista, vai pelo Corcovado acima como um cabrito.”

O carro era um verdadeiro monstrengo e só para retirá-lo da alfândega foi um transtorno. Após conseguir montá-lo (tinha fornalha, caldeira, chaminé, correntes, grelha e ganchos), Zé do Pato, como Patrocínio era conhecido, marcou uma manhã de domingo para dar o primeiro passeio. Chamou diversos amigos a fim de andarem no automóvel, mas apenas o poeta Olavo Bilac teve coragem e aceitou o convite. Ao verem aquela máquina desengonçada, soltando bufos horrendos, cuspindo fumaça e fuligem para todo lado, deslizando pesadamente pelas ruas pacatas da cidade, como se fosse explodir a qualquer momento, as pessoas passaram a fugir dela como o diabo da cruz. O carro de José do Patrocínio foi também o responsável pelo primeiro acidente automobilístico que se tem notícia em terras fluminenses, pois colidiu com diversas árvores pelo caminho, a pouco mais de dez quilômetros por hora, até que acabou atolado em uma vala, sendo preciso inúmeros bois para conseguir retirá-lo dali. O sonho de Patrocínio de enriquecer com a novidade acabou naquele mesmo dia. Anos mais tarde, o escritor Coelho Neto chegou a ver o que restara do automóvel e disse que em suas fornalhas estavam dormindo galinhas. Por fim, foi vendido para um ferro-velho. 

domingo, 20 de maio de 2012

Nova Editora

Caros amigos, estou abrindo uma nova editora, que vai publicar autores iniciantes. São edições em baixas tiragens, livros de qualidade e preço bastante acessível. A linha editorial é de poesias, contos e romances. 
Chama-se Excalibur Editora.
Em breve, postarei mais novidades.

domingo, 6 de maio de 2012

Capa do Livro "As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga"

O livro "As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga" ainda não foi lançado, mas não resisto à tentação de colocar aqui a capa. Reservas do livro podem ser feitas através do Email zenarede@ig.com.br pelo preço promocional de lançamento de R$ 20,00 (com frete já incluso para todo Brasil). 



terça-feira, 1 de maio de 2012