segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Visita Indesejada

terça-feira, 27 de novembro de 2012

As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga


     Pessoal, estou postando aqui um pequeno vídeo sobre o livro de contos humorísticos "As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga". Pedidos podem ser feitos pelo e-mail: zenarede@ig.com.br por R$ 15,00 (+ frete). Livro novo e autografado pelo autor. Um excelente presente! 
    Também pode ser adquirido em formato e-book no site do Amazon: 


domingo, 22 de julho de 2012

Visita do Barão do Rio Branco


Um dia antes de falecer, Machado de Assis recebeu a visita do Barão do Rio Branco. O estado de saúde do escritor era crítico, mesmo assim, ao ouvir ser anunciada a presença de pessoa tão ilustre, ele se esforçou tremendamente para se sentar na cama a fim de melhor receber o companheiro de academia. Segundo Francisca de Basto Cordeiro, que também se encontrava presente, a cena gravou-se para sempre em sua memória. Com a face iluminada por um resto de vida, Joaquim Maria estendeu seus braços para receber um abraço fraternal, mas o barão esquivou-se, limitando-se apenas a lhe apertar levemente a mão. Em seguida, muito constrangido, Rio Branco disse algumas palavras breves:

“- Então o que é isto, Machado? Está melhor, não é? Amanhã voltarei a vê-lo...”

Nem esperou pela resposta e retirou-se o mais rápido que pôde, fingindo não ver a cadeira que trouxeram para ele se sentar ao lado do moribundo. Machado de Assis caíra na cama, mortalmente ferido, humilhado, tendo sua sensibilidade sido ofendida de maneira irreparável. O escritor virou-se para a parede e mais nada falou, pois sua alma morrera naquele instante. Para completar a humilhação, todos que se encontravam no quarto ainda puderam ouvir o barão lavando as mãos num tanque que havia ali ao lado, como se temesse pegar alguma doença contagiosa. Do corredor, alguém gritou solícito, procurando ser gentil:

“- Uma toalha limpa para o Barão!”

            E o escritor morreria na madrugada seguinte, desiludido com a vida e com os homens.  

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Paródia à mineira


No meio das pedras

                                        José Antonio Martino 


No meio das pedras tinha um caminho
tinha um caminho no meio das pedras
tinha um caminho
no meio das pedras tinha um caminho

Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio das pedras
tinha um caminho
tinha um caminho no meio das pedras
no meio das pedras tinha um caminho.

domingo, 1 de julho de 2012

concurso literário FEMUP 2012


   Pessoal, estou ajudando a divulgar o concurso FEMUP de contos, poesia e música. Há alguns anos, eu já fui premiado neste concurso e vale a pena! 

   "As inscrições para a 47ª edição do FEMUP - Festival de Música e Poesia de Paranavaí e 44º Concurso Literário de Contos estão abertas até o dia 24 de agosto de 2012.
 
São mais de R$ 40 mil em prêmios!!!
 
INSCRIÇÕES SOMENTE POR E-MAIL.
 
Baixe o regulamento e a ficha de inscrição no site www.novacultura.com.br
 
Participem!!!

domingo, 17 de junho de 2012

Livro traduzido para o inglês

    Caros amigos, a novidade da semana é que o livro "666 - Caçadores de Demônios" será traduzido para a língua inglesa. Estou muito curioso para ver como vai ficar. Em breve, postarei alguns trechos aqui, apenas como aperitivo...

domingo, 10 de junho de 2012

A Noite Negra no Amazon

     Pessoal, agora o livro A Noite Negra (vencedor do Prêmio Manaus de Literatura 2007), que narra as invasões que a cidade do Rio de Janeiro sofreu por parte de piratas franceses nos anos de 1710 e 1771, também se encontra disponível em ebook. O romance está sendo vendido no site do Amazon.com por U$ 2,99 no seguinte link:

http://www.amazon.com/Noite-Negra-Portuguese-Edition-ebook/dp/B008A1EVZG/ref=sr_1_2?ie=UTF8&qid=1339335180&sr=8-2


Maiores informações no blog:



Inculta e bela: neologismos e contribuições linguísticas


      José Antonio Martino

      Após a Segunda Guerra Mundial, com a intensificação do estudo da língua inglesa em virtude da enorme propaganda americana através do cinema, livros, revistas, bolsas de estudo, etc e, sobretudo nos últimos anos com o advento da informática em nossas vidas e a consequente globalização, uma enxurrada de vocábulos ingleses veio inundar o léxico português. Estes estrangeirismos – essencialmente de caráter lexical – entram no idioma por assimilação cultural e, aos olhos dos puristas mais radicais e patrióticos, tais trocas linguísticas correspondem a um aviltamento e degradação não só do vernáculo, mas do próprio país subserviente. Esse tipo de patriotismo linguístico é antigo e já os filólogos gregos haviam banido os vocábulos turcos do léxico. Em Portugal, até hoje se encontra repulsa ao galicismo, em função dos excessos cometidos pelos soldados de Junot, quando Napoleão ordenou a invasão daquele país.
      Ninguém de bom senso há de censurar as palavras da língua inglesa quando elas são realmente necessárias, pois os estrangeirismos correspondem a uma valiosíssima contribuição, especialmente se a língua não possui termo para substituir adequadamente aquilo que se quer expressar. Inúmeras são as contribuições que só vêm enriquecer o vernáculo, por exemplo, as formas já aportuguesadas como bife, vagão, ringue, beque, sanduíche, clube, etc, e mesmo aquelas formas ainda não aportuguesadas, mas que o uso comum já aceitou como software, hardware, marketing, shopping center, show, jet ski e skate. O que se condena é o abuso dos anglicismos apenas por mero modismo ou débil tentativa de mostrar uma falsa erudição. Se a palavra já existe em língua portuguesa, não há motivo para preteri-la por outra alienígena. Tal fenômeno linguístico denomina-se barbarismo (para os latinos, bárbaro era todo estrangeiro) e trata-se de um vício de linguagem apenas quando o vocábulo não é imprescindível para o idioma. Por exemplo, por que empregar o termo deletar, se possuímos em português tantas outras palavras equivalentes que o substitui com vantagem, como apagar, desfazer, extinguir, eliminar, anular, cancelar, delir ou suprimir? Chegam mesmo a serem irritantes certos barbarismos como printar, estartar, playzar (argh!!!), weekend, bike, fast-food, sale, expert, delivery, sem enumerar outros que agora a televisão faz a gentileza de divulgar como se fosse a quinta-essência da comunicação entre os povos do terceiro milênio. Até vinte anos atrás, os nossos cineastas faziam refilmagem ou remontagem de uma novela ou uma produção cinematográfica. Infelizmente, hoje temos de assistir ao remake de um filme. Da mesma forma, os nossos desportistas chegavam às finais do campeonato, ao passo que hoje, jogam playoffs.  Lamentavelmente, o idioma em que Camões cantou e Camilo escreveu vai se tornando aos poucos um caçanje miserável. Valorize a língua portuguesa! Ela é tão rica e funcional quanto qualquer outra. E como sabiamente já disse Horácio em sua Arte Poética “muitas palavras que já caíram renascerão, e as que agora estão em voga e estimação também hão de cair se assim quiser o uso, o qual é o juiz, o árbitro e a regra da linguagem”.

(o autor permite a reprodução deste texto, desde que seu nome seja citado)
            

domingo, 27 de maio de 2012


     Quando José do Patrocínio, o famoso abolicionista, retornou de uma viagem a Paris, trouxe na bagagem não apenas livros e champanhes de qualidade, mas uma ideia com a qual ele imaginava que iria enriquecer da noite para o dia. Aos amigos mais próximos, confidenciou o segredo que o tornaria rico:

“Trago de Paris um carro a vapor... O veículo do futuro, meus amigos. Um prodígio! Léguas por hora. Não há aclives para ele: com um hábil maquinista, vai pelo Corcovado acima como um cabrito.”

O carro era um verdadeiro monstrengo e só para retirá-lo da alfândega foi um transtorno. Após conseguir montá-lo (tinha fornalha, caldeira, chaminé, correntes, grelha e ganchos), Zé do Pato, como Patrocínio era conhecido, marcou uma manhã de domingo para dar o primeiro passeio. Chamou diversos amigos a fim de andarem no automóvel, mas apenas o poeta Olavo Bilac teve coragem e aceitou o convite. Ao verem aquela máquina desengonçada, soltando bufos horrendos, cuspindo fumaça e fuligem para todo lado, deslizando pesadamente pelas ruas pacatas da cidade, como se fosse explodir a qualquer momento, as pessoas passaram a fugir dela como o diabo da cruz. O carro de José do Patrocínio foi também o responsável pelo primeiro acidente automobilístico que se tem notícia em terras fluminenses, pois colidiu com diversas árvores pelo caminho, a pouco mais de dez quilômetros por hora, até que acabou atolado em uma vala, sendo preciso inúmeros bois para conseguir retirá-lo dali. O sonho de Patrocínio de enriquecer com a novidade acabou naquele mesmo dia. Anos mais tarde, o escritor Coelho Neto chegou a ver o que restara do automóvel e disse que em suas fornalhas estavam dormindo galinhas. Por fim, foi vendido para um ferro-velho. 

domingo, 20 de maio de 2012

Nova Editora

Caros amigos, estou abrindo uma nova editora, que vai publicar autores iniciantes. São edições em baixas tiragens, livros de qualidade e preço bastante acessível. A linha editorial é de poesias, contos e romances. 
Chama-se Excalibur Editora.
Em breve, postarei mais novidades.

domingo, 6 de maio de 2012

Capa do Livro "As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga"

O livro "As Muito Fabulosas Aventuras do Barriga" ainda não foi lançado, mas não resisto à tentação de colocar aqui a capa. Reservas do livro podem ser feitas através do Email zenarede@ig.com.br pelo preço promocional de lançamento de R$ 20,00 (com frete já incluso para todo Brasil). 



terça-feira, 1 de maio de 2012